O passado ajuda a compor o prazer pelo tempo presente: sem nostalgia, sem melancolia, talvez apenas uma certa saudade que a gente "mata", quase que com felicidade, resgatando e compartilhando fotos e "causos" entre os iguais, "compañeros de mi vida".
Despretensiosamente a vida segue sendo capaz de relembrar:
1. Daquele telefonema que foi despachado porque procuravam por alguém cujo nome exato ninguém lembrava, já que o apelido dele era sua verdadeira e única identidade.
2. Da segunda-feira em que o companheiro torcedor ferrenho do Flamengo chegou dizendo "ixpancâmus eles !" E ao indagar sobre o placar, descobri que foi um a zero.
3. Que um chefe querido sabia direitinho como entoar - apesar do tempo decorrido - a música de Nationalo Kiiii Dô !
4. Com respeito e admiração pelo gerente que solicitava o cancelamento de um job cujo nome começava com "CE". Receosa de uma interpretação equivocada da minha parte, questionei: "CE de zorro ?"
5. E ele respondeu sabiamente agravando minha ignorância diante de um sotaque hispânico: "depende de como se escreve zorro..."
E as memórias das vivências não tão aprazíveis ? Onde colocar ? Na caixa dos ensinamentos que ajudaram a compor o bem-agradecido AGORA, tanto na esfera pessoal quanto profissional.
Navegar pelo passado pode abrandar ou acalorar os desassossegos do momento em que se está, mas olhar pra ele como uma escada, um trampolim, uma catapulta faz a gente "fugir pra frente", como diria Zuenir Ventura.
E nada como o futuro, o que está por fazer, para nos manter VIVOS.
Três tempos!
Fátima Vianna
10/09/2024
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