Na Ipiranga, como já falei em outras crônicas, viajávamos muito por todo o país, nas mais diversas regiões, indo a cidades ou áreas extremamente rurais.
Vou falar de duas dessas viagens que me lembrei hoje.
Alto Taquari-MT:
Fui em dupla com um colega da nossa seção. Pegamos um voo até Cuiabá e lá alugamos um Fiesta daqueles antigos, bem feinhos e seguimos por estradas de asfalto, terra, pedras, lama, picadas de mulas e, às vezes, por dentro de fazendas.
Chegando lá, tecnologia zero!!! Canal da Embratel era uma caixa de abelhas (zzzuumm...), instalação elétrica era só um esboço. Demos um jeito e pedimos várias mudanças para depois fazer a "arte final”.
Aí, caminho de volta!!!
E os insetos voadores?? Só não corria risco de dengue... era febre amarela mesmo 😩
Voltei a Alto Taquari tempos depois e essa dependência já estava concluída com uma estrutura bem melhor.
Nessa ocasião ouvi histórias sobre a fauna local: fiquei sabendo que quando os vagões de trem eram abastecidos de soja, sempre caiam grãos nos trilhos.
Os ratinhos iam lá comer.
Como eu tinha visto muitos gatos da Base, perguntei porque os gatos não afugentavam os ratinhos?
O pessoal me disse que os bichanos morriam de medo dos ratos pois estes roedores eram bem maiores que eles…
Também vi em um vidro com álcool duas das chamadas cobras de asa (ou jequitiranabóia, ou cobra voadora). kkkkk. Quer saber mais sobre esses bichos? Veja na wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fulgora .
Disseram-me que se esse bichão (um palmo meu) viesse voando e se batesse numa árvore, ficava preso pelo ferrão e a árvore secava. O chefe da Base mandou relatos e fotos sobre o dito inseto para o Instituto Butantã, preocupado que um funcionário se metesse no caminho do bicho...
Outra viagem que deu história foi a viagem à Sinop, também no Mato Grosso.
Quando fui instalar os equipamentos necessários ao ABADI, os voos de Várzea Grande para lá estavam suspensos. Eu e o supervisor ABADI da Região Norte, embarcamos na boleia de um caminhão da Tropical Transportes e fomos de carona naqueles 520km de distância. A cabine do caminhão, um daqueles de 35 mil litros, tinha o banco do motorista e outro para o passageiro. Como éramos 3 e o motorista tinha seu lugar garantido, um ia no lugar do carona e outro se ajeitava na cabine!
A instalação foi tranquila. O hotel, que ficava junto a um enorme posto Ipiranga, era surpreendentemente ajeitado e confortável. Na volta, viemos de ônibus sem maiores problemas.
Aí você vai me perguntar: por que não nos mandaram de carro na ida?
Contaram que a viagem era muito longa e um carro de passeio não teria autonomia para viajar, pois passaríamos por longo trecho sem cidades e sem postos de combustível. Achei que iria atravessar a selva fechada, com macacos e onças subindo no nosso carro. 😱
Ufa!
Pedro Paulo
07/11/2023
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