Lembrei-me dessa aventura, acontecida num dos voos para Belo Horizonte, em um avião da Vasp. E resolvi compartilhar com vocês!
Éramos dois e dirigimo-nos pro aeroporto do Galeão. Despachamos nossa a bagagem sem dificuldades, apesar de estarmos bem próximos dos limites de peso devido ao material que estava nas malas (fitas magnéticas, relatórios, etc.).
Como chegamos cedo e ainda tínhamos tempo pra saída do voo, fomos ao bar fazer um pequeno lanche.
Lá chegando, pedi uma Coca-Cola, e o Luiz pediu uma dose de whisky. Na espera, enquanto tomei o refrigerante, ele conseguiu tomar 3 doses da bebida escolhida…
Não me contive e perguntei: “Isso tudo é medo de avião?”
Sendo sincero, ele respondeu: “É sim.”
Só me restou tranquilizá-lo, dizendo que não adiantava ficar nervoso pois com certeza logo logo iria perder aquele medo.
Entramos no avião. Meu assento era na janela e o dele ao meu lado esquerdo.
Com a partida do avião, já correndo pela pista e levantando voo, fiz um comentário bem espontâneo, meio que sem pensar muito:
“Caramba a turbina soltou uma faísca.”
A partir daí tive que segurá-lo na cadeira, acalmando-o, pois o medão logo veio à tona!
Passei o resto da viagem, escutando reclamações e xingamentos até o pouso do avião em BH. Aí ele fez seu comentário final:
“Na volta quem vai na janela sou eu.”
Minha resposta foi: “Sem problemas, lugar reservado!” 🤣🤣🤣
No voo de volta, já sentado na janela, comentou: “você não vai me dar susto de novo, né?” Dei uma boa gargalhada, e falei: “já consegui meu objetivo, que era fazer você perder o medo!” (a palavra que usei não foi bem essa…).
Nos bancos à nossa frente, acomodaram-se um casal com uma criança de mais ou menos 6 anos, e a menina sentou na janela ao lado da mãe.
Quando o avião começou a subir, a menina perguntou pra mãe:
“Estamos lá no alto, né mãe?”
A mãe respondeu: “é, mas vamos subir mais um pouco!”
E nós ouvindo a conversa…
A próxima pergunta da criança foi: “e se o avião cair?”
Nesse momento o Luiz resmungou, já trincando os dentes: “cala a boca, moleca…” (também não foi bem essa a palavra que ele usou…).
A partir desse momento, a viagem ficou hilária, eu não parava de gargalhar, a cada nova pergunta da menina, escutava o mesmo murmúrio, “cala a boca moleca”…
Até que chegamos ao Rio.
Conclusão: achei que o susto que dei for bem menor que o que a menina deu!
Daí em diante, Luiz começou a se acostumar com os voos que ainda tivemos que fazer.
E foram vários!
🤣🤣🤣🤣🤣
Roberto Leandro
17/09/2024
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