Trabalhei como Suporte de Campo na Medidata, empresa que fabricava, representava e dava suporte aos minicomputadores, como eram chamados naquela época. Aqueles equipamentos ocupavam uma sala considerável, claro que bem menor do que a de um grande porte IBM, mas espaçoso o suficiente para exigir sala privada, refrigeração, ambiente zero de poeira.
Vivia me deslocando Rio de Janeiro afora, inclusive interior, dando manutenção aos processadores e seus periféricos. Tinha uma remuneração considerável como analista de suporte de hardware pleno.
A Ipiranga, grande cliente da Medidata com as máquinas atendendo ao ABADI em quase todo o Brasil, não era muito de dar problemas como outras distribuidoras também clientes.
Acontece que em 1989 uma determinada CPU arranjou de dar problemas e me fez famoso na Matriz, no 2° andar da Francisco Eugênio, no Rio de Janeiro.
O minicomputador exclusivo do Contas a Pagar, a famosa máquina do COPAG estava com um bug caprichado. Foram várias investidas de hardware e software até a solução.
Rolaram reuniões com o chefe da seção de Telemática (virou gerente do departamento de Telemática na segunda semana minha de casa. Sendo admitido, fortaleci tanto a seção que em duas semanas ela virou departamento! kkkkk).
Com esse contato na CBPI Matriz eu fiquei identificado na Medidata com a Ipiranga. Todos os chamados caiam para eu atender dentro da Matriz (em 5 anos de Medidata fui só uma única vez à base de Caxias, ao passo que eu "morava" nas bases Shell e Esso lá na Reduc).
Numa situação de muito trabalho, confesso que desorganizado da área de suporte da Medidata, numa sexta-feira às 18h, eu liguei da Ipiranga para Medidata informando que estava tudo ok na minha área e todos os clientes de São Cristóvão até o bairro do Rocha estavam sem problemas. Informei e disse que estava indo para casa - extraordinariamente na hora, pensei eu!
Nisso a secretária me passou ao supervisor que me pediu para atender um cliente na rua da Assembleia. Entrar, estacionar e sair do Centro da Cidade numa sexta as 18h era uma aventura insana já naquela época! Tomado pelo estresse eu falei ao supervisor: "Quer dizer que por eu, estar com meu serviço em dia, ganho de prêmio mais trabalho de quem não cumpriu sua obrigação?" Falei isso, mas fui atender o cliente que não tinha nada com isso.
Nessa minha ligação com o supervisor da Medidata, por eu ter me exaltado, o supervisor na CBPI percebeu meu tom de voz e me perguntou: "O serviço tá complicado lá é?" Expus a ele as dificuldades da empresa.
Depois disso surgiu uma vaga no departamento e fui admitido. Daqui em diante, a história continua em outra crônica que já postei aqui!
E, parodiando a propaganda da empresa na época, a Ipiranga passou a ser:
A minha grande Companhia!
Pedro Paulo R. Salvador
20/07/2023
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