No inicio de 1994 o prédio da Francisco Eugenio estava recebendo os funcionários da Atlantic.
As medidas para integração daquela empresa com a Ipiranga aconteciam intensamente, em todas as áreas.
Entre as muitas adaptações e integração de processos, um discreto elemento também precisava de remodelagem para dar a cada um dos funcionários um novo visual identificativo da integração.
Esse elemento que começou a ser reavaliado foi o crachá.
Dois funcionários de FNI ficaram incumbidos de definirem o novo modelo.
Nas idas e vindas do assunto finalmente chegou-se a um modelo que tinha como características principais seu leiaute em pé, o nome de guerra do funcionário realçado em letras maiúsculas com negrito e uma tarja para leitura magnética com o que havia de mais funcional, moderno e seguro.
Para montar um cadastro com os dados do funcionário, cada um definia seu próprio nome de guerra. Nos alguns milhares de nomes completos cadastrados ocorreu um “ruído”.
Um alto gerente, através da sua secretária, definiu que o seu nome de guerra deveria ser aquele com nome e sobrenome. Assim, ele era conhecido, argumentou.
Acabou que foi o único crachá com nome e sobrenome em caixa alta e negrito…
O modelo teve seus objetivos alcançados, com alguns resultados inesperados.
O modelo anterior de crachá dava problema de leitura na catraca do restaurante.
Quando a leitura não era feita corretamente, a pessoa tinha seu nome e matricula anotado por um funcionário do restaurante ou, quando esse não estava presente, cabia ao próprio anotar os seus dados numa folha de papel. Assim era cumulativamente apurado o valor a ser descontado a cada mês para “pagar” as refeições com desconto no contra-cheque.
Logo no primeiro mês a quantidade de usuários do almoço curiosamente aumentou em cerca de 50 em relação ao mês anterior. No mês seguinte repetiu-se a ocorrência com outro tanto de refeições acima da média anterior (antes do novo crachá).
Deve ter sido um caso raro em que a mudança do crachá (trazendo melhores controles) provocou aumento no “faturamento” do restaurante! Curioso, não?
Outra condição de uso precisou ser resolvida: quem “pagava” a refeição de convidados? E como seriam registrados?
E outra: funcionários que usavam gravata e funcionárias que estivessem usando lenços de pescoço acabavam com os respectivos crachás “escondidos” por aquelas peças de suas “indumentárias”. Como resolver essa questão que prejudicava a identificação pretendida?
E mais uma: e quem esquecia o crachá… como registrava o almoço? Da forma anterior?
Sabíamos que haveriam algumas resistências àquela mudança, não só de crachá mas também de comportamento! Todos os ajustes foram feitos no seu devido tempo, resolvendo essas e outras questões que surgiram.
Foi um belo projeto!
Alípio Rangel
15/03/2024
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