Depois de muita insistência do idealizador do nosso site, consegui fazer um “dump” de minhas lembranças sobre o tema. Acabou ficando longo demais e, por isso, vai ser dividido em dois: parte um e …
Aqui vai a primeira parte!
Podemos começar pela questão da incorporação da Atlantic, que teve a ver com a comparação entre o chamado “Canal A” (processado basicamente em mainframe, e que exigiria custosa expansão de todo o hardware, se esta fosse a alternativa escolhida) e o Abadi (desde seu início processado em minicomputadores nas diversas Regiões CBPI executando Mumps, que não exigiria investimentos significativos para incorporar as vendas da Atlantic).
A escolha da alternativa e consequentemente da equipe que continuaria a “tocar” a Informática na Ipiranga passou não só pela Diretoria mas também, e especialmente, pelo Comitê Executivo das Empresas Petróleo Ipiranga, que pouco entendia de tecnologia mas entendia de finanças empresariais. E toda a proposta de FNI foi melhor compreendida e aceita devido a esses aspectos de custos e investimentos necessários à consolidação da incorporação. E também à velocidade de implementação e todo o planejamento que foi feito (incluindo rede Pert com mais de 1.600 atividades).
A partir daí, o downsizing foi acelerado e teve diversas etapas, desde a implantação de máquinas RISC com HP/UX emulando Mumps e depois utilizando servidor AIX para processamento do Lotus Notes (quando optamos por máquina RISC IBM em contrapartida ao que o mercado usualmente utilizava - Windows NT). Só para relembrar, a proposta Windows NT exigiria 12 máquinas enquanto que a proposta RISC ficava restrita a uma máquina (IBM F40), reduzindo significativamente os investimentos e os custos futuros de manutenção. A máquina escolhida sobreviveu durante um bom tempo tendo sofrido apenas um aumento de memória depois que um estudo de capacidade (visando diminuir os tempos de resposta já que o correio eletrônico era cada vez mais utilizado) apontou para essa necessidade.
Após algum tempo, fizemos a migração do RISC para Intel com Linux, o que trouxe uma grande vantagem competitiva em termos de facilidades tecnológicas futuras para a área de Informática da CBPI. E, nesse caso, fomos novamente pioneiros em adotar soluções que só se consolidaram tempos depois. Um dos projetos a citar foi a conversão de todo o ambiente Internet, primariamente implementado em ambiente Digital (se não me falha a memória) para ambiente Intel com Linux, envolvendo a IBM e a Conectiva (não esquecendo que a nossa Divisão optou por criar toda a infraestrutura de internet dentro de casa, com todo o hardware, software e segurança necessários - outra decisão única).
Nessa linha, poderemos descrever um pouco nossos projetos de virtualização, já já.
Como sempre, naquela época, quando falávamos essas coisas todas, muita gente dizia que éramos malucos, só pensávamos bobagens, só queríamos aparecer, etc. E acabou que deu tudo certo!
Sorte ou competência?
Isso é conversa pra segunda parte (mais longa e detalhada) da crônica.
Aguardem!
José Francisco (Xyko)
30/10/2023
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