Para nós de TI é muito natural pensar que uma rede é algo que interliga a empresa. Todos os seus funcionários e dependências. Uma base sobre a qual podemos construir soluções, reunir as pessoas, enfim, uma plataforma de trabalho e de colaboração.
FNI já tinha inserido a Ipiranga na Internet. E eu me lembro que não tinha sido fácil convencer a administração desta necessidade... a internet ainda não era pervasiva, não existiam os celulares capazes de conectar todo mundo e inundar o planeta com aplicações móveis de todos os tipos. Nada de HTML5, JavaScript e etc. Então a dificuldade era demonstrar o valor “de conectar tudo”, explicar o Porquê e o Para Que... Onde estava o famigerado ROI!?
Antes da Ipiranga comprar a Atlantic, atuando em marketing, eu havia participado de uma “expedição” à California, sede da ARCO (Atlantic Richfield COmpany) num esforço para trazer para o Brasil, negócios auxiliares que pudessem aumentar a receita dos nossos pontos de venda. Assim trouxemos em formato de franquia, a AM/PM, o JetOil, e o CarWash, produtos fáceis de “vender” aos revendedores. Mas havia um produto que não conseguimos trazer... a Paypoint.
A Paypoint era um negócio que nasceu na ARCO com a finalidade de viabilizar operações de pagamento por transferência eletrônica de fundos (TEF) nos pontos de venda da ARCO. Nasceu como uma solução simples, via linha discada, que ligava para um banco de modems em Los Angeles, na sede da ARCO, que por sua vez se conectava a um serviço corporativo conectado a um banco. Detalhe importante: lá, o sistema telefônico obedecia aos padrões de qualidade rígidos da FTC (USA Federal Trade Commission - órgão federal de proteção ao consumidor).
Graças à “leveza” da legislação financeira americana, eu achava que a Paypoint seria viável no Brasil. Tolinho... É por isso que dizem que o inferno está cheio de “gente com boas intenções”.
Mas a ideia era boa. Se nós conseguíssemos criar uma rede que trouxesse valor mensurável para o revendedor e para a Ipiranga, através de serviços que o mundo todo estava adotando rapidamente (TEF - transferência eletrônica de fundos), o processo de vender a Paypoint brasileira seria muito mais fácil... e foi. Mas vender sempre foi mais fácil do que fazer. Nascer é fácil... difícil é crescer.
Daí nasceu o projeto da Rede Comercial, mais tarde rebatizado como Posto Integrado. Uma rede do lado de fora da empresa. Voltada para o negócio final e não para a operação interna da distribuidora.
Criada para ser uma extranet de fato, uma rede que integraria a distribuidora com os seus pontos de venda (postos, lojas de conveniência, troca de óleo e etc.), trazendo agilidade operacional e diferenciais competitivos para todos. Totalmente baseada em equipamentos de rede da Cisco, definidos e configurados por profissionais de altíssima qualidade, como Serginho, Jefferson e Paulo César entre outros, contava ainda com servidores HP Intel, configurados em alta-disponibilidade, rodando Windows NT 4.0 (apesar da mais que justificada cara feia do Xyko...) nos quais rodava exclusivamente a solução de TEF da Software Express (que continua sendo a melhor solução do mercado brasileiro...).
A rede comercial alcançou mais de 100 revendedores e demonstrou a viabilidade da ideia e a capacidade de FNI de materializar esta visão. Seu futuro, como não poderia deixar de ser, estava, então, nas mãos da equipe de marketing da Ipiranga.
Daí, foi só crescer!
Daniel Miranda
29/08/2023
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